Muitos anos, circunstâncias, instituições e pessoas contribuíram para o retrocesso da LER à periodicidade trimestral. Paulatinamente, o livro (e não falo em particular do romance) foi banido das televisões, das escolas, das universidades, dos jornais (guetizado em suplementos a que prescreveram uma dieta crescente), dos discursos políticos, das conversas em geral. Uma ou duas gerações de dirigentes partidários e institucionais particularmente plebeias, particularmente representativas da boçalidade e do arrivismo nacionais, foram suficientes para consumar o desaparecimento do livro — e a geração que lhes há-de suceder nem sequer consegue soletrar a palavra.
terça-feira, 11 de março de 2014
A vitoriosa trimestralidade da LER (2)
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