Parece que uma das medidas previstas no OE 2012 é o
congelamento dos prémios para os gestores públicos. Pensava a gente que este era um Governo de coragem. Feito o diagnóstico — «foram cometido erros de gestão muito graves nos últimos anos» —, pareceria evidente a medida a aplicar nesta área:
devolução dos prémios de gestão de há vinte anos até à data. Mas isso, além de coragem, implicava coerência, essa extravagância na política portuguesa.
Prémios para gestores públicos (que não passam de prémios para tipos que, aparentemente, cumprem a sua função) são um daqueles privilégios absurdos não incluídos no ódio neoliberal. Congelam-se, para que a populaça não resmungue muito. Depois, pela calada, lá se hão-de retomar, que a vida é difícil.
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