Não é incomum as pessoas medirem o mundo pela sua própria bitola, também se se trata do mundo o literário. Quando os escritores se arregimentam numa escola, fazem-no quase sempre como se houvesse uma guerra e eles estivessem numa trincheira. Fora do buraco que cavaram para si próprios, tudo deve ser aniquilado, nada merece existência. Na versão benévola, tudo fora da trincheira é medíocre ou inútil.
É bom que a espaços haja destes belicismos. Do confronto é que surgem as coisas boas e novas. Almada estava provavelmente a exagerar no Manifesto Anti-Dantas, mas foi bom que o escrevesse.
Mas passados os ardores da juventude e vencido o complexo de Édipo, é um pouco estúpido permanecer entrincheirado. A diversidade não deveria ser um termo restrito à ecologia.
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